Lindalva Justo de Oliveira nasceu em 20 de outubro de 1953, no Sítio Malhada da Areia, município de Assu, no vale do rio Açu, Rio Grande do Norte.
Seu pai, o agricultor João Justo da Fé, ficou viúvo e casou-se
com Maria Lúcia de Oliveira. Lindalva foi a sexta filha do casal, que teve 13
filhos. Foi batizada em 7 de janeiro de 1954, na Capela de Olho d'Água, da
Paróquia de São João Batista.
Em 1961, a família mudou-se para a sede do município de Assu.
Posteriormente, Lindalva seguiu para Natal onde foi morar com um irmão. Lá ela
concluiu o ensino médio, em 1979. Trabalhou, então, em lojas, enviava parte do
salário para a família e costumava visitar casas de idosos depois do trabalho.
Em 1982, enquanto cuidava se seu pai, que tinha câncer, Lindalva
decidiu dedicar sua vida para servir aos pobres. Começou, então, a fazer um
curso de enfermagem e também aprendia a tocar violão.
Em 1986, ela participou do movimento vocacional das Filhas de
Caridade. Em 1988, iniciou o postulantado (estágio preparatório ao noviciado),
em Recife.
Em 1989, Lindalva entrou para o seminário das Filhas de Caridade
de São Vicente de Paulo, na Província do Recife. Em 1991, foi enviada em missão
para o Abrigo Dom Pedro II, em Salvador, encarregada de cuidar de
40 idosos, no setor masculino. Tratava a todos com simpatia e disposição de
ajudar.
Em janeiro de 1993, um certo Augusto da Silva Peixoto, de 46
anos, foi admitido nas instalações do Abrigo, por recomendação, mesmo ser ter o
direito de estar lá por não ser idoso. Lindalva o tratava com a mesma cortesia
e respeito de sempre. Peixoto ficou atraído por ela, declarando explicitamente
suas intenções de sedução, e Lindalva prudentemente distanciou-se dele. Ela
poderia ter deixado o local, mas, ao contrário, declarou que preferia derramar
o próprio sangue a deixar o Abrigo.
Na sexta-feira santa de 1993, ao retornar da caminhada
penitencial, junto com outras irmãs, Lindalva foi brutalmente assassinada por
Peixoto, com 44 facadas. Esse número de feridas coincide com o de Jesus em sua
crucificação. O assassino foi preso em um manicômio judiciário.
Seus restos mortais foram transladados para a Capela
Santa Izabel, no Abrigo D. Pedro II, onde trabalhava.
O Papa declarou a beatificação de Lindalva em 16 de dezembro de
2006, reconhecendo-a como mártir. A celebração foi realizada em 2 de dezembro
de 2007. A memória litúrgica foi marcada para sete de janeiro, dia do seu
batismo.
FONTE PARÓQUIA DE SÃO JOÃO BATISTA
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